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Cinco vezes Timão

Já é uma das marcas registradas do Un Quimera dar aquele balanço geral no fim das grandes competições de futebol. Mais uma vez aqui estou, dessa vez pra falar desse Campeonato Brasileiro de 2011. Vale lembrar que esse ano, além desse post de hoje também teremos até o fim do ano um QuimeraCast dedicado exclusivamente pra esse Campeonato Brasileiro 2011.

A exemplo das últimas duas edições, o campeonato desse ano ficou caracterizado principalmente pelo equilíbrio das equipes, a luta pelo título e por vagas na Libertadores e também pra escapar do rebaixamento foi até a última rodada.

Aproveito e começo falando sobre a parte de baixo da tabela. Dos times que subiram pra primeira divisão no ano passado apenas o América-MG voltou pra segunda divisão, junto com ele foram o lanterna Avaí, Ceará e Atlético-PR. O Avaí venceu adversários aparentemente difíceis como Corinthians, Flamengo e Botafogo, mas teve inúmeros tropeços e terminou a competição com míseros 31 pontos. O América-MG é outro caso curioso, também venceu Corinthians, Vasco, Fluminense e Botafogo, inclusive teve uma sequência de três vitórias na reta final que por pouco não o livrou do rebaixamento, mas não teve jeito, o Coelho voltou mesmo para a segunda divisão. Os outros dois rebaixados (Ceará e Atlético-PR) foram até a última rodada com chances de escapar e é aí que entra talvez o mais curioso de todos os casos dessa edição do Brasileirão, esse caso chama-se Cruzeiro.

A equipe mineira, caracterizada por sempre fazer boas campanhas após a instituição do método de pontos corridos no Campeonato Brasileiro (inclusive vencendo a primeira edição dos pontos corridos de maneira espetacular), simplesmente caiu num inferno astral e com um time muito semelhante ao da edição passada, na qual foi vice-campeão, fez uma campanha horrível, em especial no segundo turno e por muito pouco não conheceu o primeiro rebaixamento da sua história. A salvação veio na rodada final contra se rival Atlético-MG, uma sonora goleada de 6 x 1 foi suficiente pra tirar a Raposa da Série B, no entanto, olhando assim essa história parece muito mal contada, de cara tentei imaginar, por exemplo, Grêmio e Internacional em situação semelhante, o que será que aconteceria se um dos dois, tendo a chance de rebaixar o outro, perdesse de 6 x 1? É melhor nem pensar… Enfim, por mais cômico que isso possa ser, acho realmente muito estranho essa goleada, tema que com certeza falaremos mais no próximo QuimeraCast.

Saindo da parte de baixo da tabela e subindo aos poucos, encontramos de cara, novamente o Atlético-MG, que com essa derrota por 6 x 1 para o Cruzeiro deixou escapar a vaga na Sul-Americana. Colocando um parênteses nessa última rodada e pensando no resto do campeonato do Galo, a equipe comandada por Cuca teve maus momentos e correu sérios riscos de rebaixamento, no entanto, na reta final teve boas sequências (a goleada de 4 x 0 em cima do Botafogo foi um dos pontos altos) e conseguiu escapar do rebaixamento com certa facilidade. Logo acima temos Bahia, Atlético-GO e Grêmio, todos eles garantiram vaga na Sul-Americana e tiveram alguns bons momentos na competição, mas definitivamente não embalaram e não empolgaram de fato. Curiosamente, pra minha tristeza, os grandes momentos desses três times tiveram íntima relação com o Flamengo: o Atlético-GO venceu o Flamengo por 4 x 1 no Engenhão, tirando a invencibilidade do Flamengo na ocasião, o Bahia venceu o Flamengo também dentro do Engenhão, no pior momento do Flamengo na competição e o Grêmio, em um jogo que considero emblemático, por ter marcado o retorno de R10 ao Olímpico e de certa forma o fim do sonho do hepta, venceu o Flamengo de virada por 4 x 2.

Logo acima do Grêmio encontramos a dupla paulista Palmeiras e Santos. A equipe comandada por Muricy Ramalho, principalmente por ter vencido a Copa Libertadores pouco se importou com o Brasileirão, as atenções estavam voltadas para o Mundial (que começa em breve aliás, também falarei sobre ele aqui no Un Quimera), mesmo assim o Santos ainda conseguiu ter o artilheiro do campeonato, Borges, com 23 gols e deu trabalho a alguns times. Isso pode ser confirmado ou não no Mundial, mas penso que o time do Santos, com todas as suas forças, ainda é o melhor time do Brasil na atualidade.

Já o Palmeiras, durante praticamente todo o primeiro turno fez uma campanha não mais que mediana, sempre beirando a zona de classificação para a Libertadores, no segundo turno contudo, essa aparente boa campanha caiu por terra e uma sequência de maus resultados pairou no Palestra Itália, um real risco de rebaixamento chegou até a surgir, porém a gordura acumulada no primeiro turno fez com que o time de Felipão não se preocupasse tanto com o rebaixamento.

Subindo mais um pouco temos o Botafogo. Pra mim, com certeza, a maior decepção desse campeonato. O time, comandado até as últimas rodadas por Caio Júnior, foi sensação da competição em boa parte dela, esteve próximo do título em vários momentos e a vaga na Libertadores era dada como certa em General Severiano. No entanto, um verdadeiro black-out tomou conta do time, que teve uma queda vertiginosa nas últimas rodadas e amargou uma desinteressante nona posição, ficando fora mais uma vez da Libertadores.

Coritiba, Figueirense e São Paulo foram as equipes que ficaram no quase em relação à vaga na Copa Libertadores. O alviverde paranaense duplamente, pois já havia perdido a Copa do Brasil para o Vasco no meio do ano, perdendo assim uma chance de ir à Libertadores, no Brasileirão novamente isso aconteceu, o detalhe é que o Coxa chegou à última rodada dentro da zona de classificação para a Libertadores, dependia só dele mesmo pra conseguir a vaga, no entanto não resistiu ao rival Atlético-PR e acabou fora da competição continental. O Figueirense foi a grande surpresa do campeonato. Comandada por Jorginho, a equipe catarinense também teve reais chances de ir à Libertadores e complicou a vida de muita gente, no entanto, derrotas para Fluminense e Corinthians na reta final tiraram o Figueira da Liberta.

O São Paulo mais uma vez (pelo segundo ano seguido) fica fora da Libertadores. Coisa muito incomum no Morumbi. O Brasileirão marcou a volta de Luís Fabiano à equipe, mas marcou também uma nova demissão de treinador (dessa vez Adilson Batista) e o retorno de Emerson Leão. O fato é que o São Paulo, mesmo com um bom elenco, não se encontrou na competição e após perder jogos importantes na reta final acabou fora da Libertadores.

Chegamos então ao grupo dos cinco melhores times do campeonato, aqueles que garantiram vaga para a principal competição de clubes da América. O Internacional assegurou a vaga vencendo o rival Grêmio na rodada final. A equipe comandada por Dorival Júnior oscilou bons e maus momentos, chegou até a cogitar uma possibilidade de título, mas principalmente por conta da lesão de seu principal jogador Leandro Damião não teve pique pra brigar pelo título até o fim.

Na quarta posição temos o meu Flamengo. Os posts da série Le Rouge et Le Noir falaram muito do rubro-negro durante o ano e como já disse nesse mesmo post mais acima, considero a derrota para o Grêmio sintomática em relação à briga pelo título, mas não foi só ela: a horrível sequência de dez jogos sem vitória foi uma mancha  na campanha rubro-negra que até então vinha sem mácula, o primeiro turno foi quase perfeito. Mas vários tropeços no segundo turno acabaram tirando do Flamengo o sonho do hepta. Apesar disso com certeza guardarei na memória dois jogos desse Brasileirão: o 5 x 4 em cima do Santos no primeiro turno, com show de R10 e o 3 x 2 em cima do Fluminense no segundo turno, com show de Bottinelli. Foram os dois pontos altos do Flamengo na competição.

Na terceira posição ficou o Fluminense. O Tricolor das Laranjeiras fez uma bela campanha e mereceu a vaga na Libertadores, teve Fred com 22 gols como um quase artilheiro e também teve um jogo histórico: 5 x 4 pra cima do Grêmio, com quatro gols do camisa 9. Ao lado dos dois jogos do Flamengo que eu citei acima, penso que esse jogo também foi um dos melhores dessa edição do Brasileirão. Outros dois pontos em relação ao Flu que eu acho que valem a pena serem citados são: as derrotas para América-MG e Atlético-MG, ambas dentro do Engenhão, na reta final da competição, tiraram de vez o Flu da briga pelo título, dois jogos teoricamente fáceis, que o campeão Flu de 2010 não perderia. O outro ponto é a incrível e por vezes despercebida marca de apenas 3 empates durante toda a competição. Em uma competição de pontos corridos isso é muito difícil de conquistar e quando se tem um bom time como o do Fluminense pode fazer a diferença.

Chegamos enfim à dupla que brigou pelo título até o fim. Vasco e Corinthians protagonizaram uma bela briga pelo título e chegaram até ali de maneiras bem distintas. O Vasco, até por ter conquistado a Copa do Brasil, parecia que não iria dar tanta atenção ao Brasileirão e no começo da competição não era tratado como um concorrente direto ao título, no entanto, durante a competição foi crescendo e inclusive a liderou por algumas rodadas. A entrada do inteligente, experiente e vascaíno Juninho no meio campo da equipe deram uma alma ao time do Vasco, que tinha também em Fernando Prass, Fagner, Dedé, Felipe e Diego Souza peças importantíssimas que fizeram a diferença em vários jogos. O Trem Bala da Colina no entanto pagou por pequenos tropeços (o empate por 1 x 1 contra o Palmeiras no segundo turno talvez tenha sido o mais sintomático deles) e chegou à última rodada precisando de uma vitória do Palmeiras pra cima do Corinthians e precisando também vencer o Flamengo. Nem uma coisa nem outra aconteceram, dois empates (por 0 x 0 e 1 x 1, respectivamente) foi o que aconteceu e agora, querendo ou não, os vascaínos têm que escutar os cânticos de vice de novo. Zoações à parte, o Vasco termina o ano com um saldo muito positivo, há muito tempo que a equipe vascaína não disputava de maneira tão direta um título de Campeonato Brasileiro da Série A, essa reconstrução do Vasco, promovida em especial por Roberto Dinamite, desde 2009, vem dando frutos e recoloca o Vasco no grupo de melhores times do país.

Já o penta campeão Corinthians, por outro lado, depois da amarga eliminação na Pré-Libertadores pelo Tolima e da derrota na final do Campeonato Paulista para o Santos, botou todas as suas fichas de 2011 no Campeonato Brasileiro, portanto, diferentemente do Vasco, desde o início já era um dos favoritos ao título, desde o início priorizou a mais importante competição nacional e desde o início fez uma ótima campanha. Nas primeiras dez rodadas tinha 9 vitórias e 1 empate, uma aproveitamento assombroso para qualquer time em qualquer campeonato, ainda mais em se tratando de Campeonato Brasileiro. No entanto, como era de se esperar, inevitavelmente, esse rendimento caiu um pouco e o Corinthians perdeu a liderança durante a competição, no entanto, a exemplo do que já havia feito em 2010, em momento algum o Timão saiu das primeiras colocações, esse ano porém, a equipe comandada por Tite não fraquejou na reta final e principalmente nas vitórias sobre Ceará fora de casa e Atlético-MG dentro de casa (jogo que marcou o único gol do Imperador na competição, mas que teve uma importância enorme), mostrou que esse ano era o ano de mais uma decepção na Libertadores, mas também o ano do penta no Brasileirão. O Corinthians foi campeão por merecimento, a equipe já vinha montada desde a temporada passada, passou por mudanças durante a competição, mas conseguiu se ajustar muito bem a elas, o que mostra a força do elenco, jogadores como Júlio César, Ralf, Paulinho, Alex, Willian e, principalmente, Emerson e Liedson foram fundamentais para o título, o Imperador Adriano mesmo tendo tido uma participação apenas discreta, como disse acima fez um dos gols mais importantes da competição e pode ser muito útil na próxima temporada.

Não poderia deixar de falar também dessa mudança na tabela, ocorrida nessa edição, que colocou os principais clássicos regionais todos para serem disputados na última rodada. Achei uma ótima opção, deu mais emoção ainda para a competição e na minha opinião deveria ser mantida.

No mais é isso, falaremos ainda mais sobre o Campeonato Brasileiro 2011 no próximo QuimeraCast. Agora é época de férias para os boleiros e especulações e mais especulações de transferências, parte um tanto chata, mas que vende muito jornal, fazer o quê? Espero que a temporada de 2012 seja ainda melhor do que essa em relação ao equilíbrio e ao nível técnico do futebol brasileiro, que vem numa crescente. Espero, em especial, um ano melhor para o Flamengo, que mais um vez tem a oportunidade de conquistar o tão sonhado bi na Libertadores e o hepta no Brasileirão.

Le Rouge et Le Noir #06

O sexto post da série Le Rouge et Le Noir falará um pouquinho desse começo de Brasileirão 2011 e muito sobre a despedida de Dejan Petkovic, o Pet.

O último jogo oficial de Pet foi ontem contra o Corinthians, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Depois de vencer bem o Avaí na estreia e de um empate em 3 x 3 contra o Bahia na segunda rodada, o Flamengo encarou o Corinthians no Engenhão, sem Thiago Neves, que está com a Seleção para outra despedida, a de Ronaldo, mas com Pet de titular.

Sobre o jogo em si nem vou falar muita coisa. Empate em 1 x 1 com gols de Willian pelo Corinthians e Renato pelo Flamengo. A atuação de Pet não foi das melhores, mas levando-se em consideração a falta de ritmo de jogo e a aposentadoria iminente também não foi das piores, Pet se movimentou, deu bons passes e como sempre se importou com o time e não apenas com ele.

Durante a semana que se passou muito foi discutido a questão de se fazer toda essa festa de despedida para o Pet num jogo que valia 3 pontos, e que pode ter consequências lá na frente e muitos foram contrários a essa escolha de Luxemburgo e de todos de escalar o sérvio na partida de ontem. Isso realmente tem coerência, não é preciso ir longe para lembrar da festa feita para Joel Santana no jogo contra o América-MEX pelas Oitavas da Libertadores de 2008, o resultado todo mundo sabe qual foi. Porém, quando se fala de Pet, acredito que a despedida dele num jogo valendo pontos é algo mais positivo do que negativo. O sérvio não comprometeu em momento algum do jogo. Enfim, pra mim foi uma bola dentro essa despedida do Pet num jogo tão importante.

Mas como já adiantei, sobre o jogo não vou falar muita coisa, quero mesmo é falar do Pet.

Pode ser pretensão ou então deslumbramento totalmente parcial de um fã, mas acredito que Dejan Petkovic marcou um importante capítulo da história do Flamengo, após essa sua aposentadoria ontem, penso em Pet não só futebolisticamente, mas também historicamente.

O milagroso e épico gol na final do Carioca de 2001 contra o Vasco, o título da Copa dos Campeões do mesmo ano e a redentora volta em 2009 que culminou no hexacampeonato brasileiro, são feitos da carreira de Pet com a camisa do Flamengo que pude acompanhar de perto (essa volta em 2009 mais perto ainda), e o pensamento de num longínquo dia, num longínquo futuro poder dizer para netos ou outras crianças de duas ou três gerações a frente da minha que VI Pet jogar é algo interessantíssimo.

Porque sim, vejo Pet como um dos grandes jogadores da história do Flamengo, seus números comprovam isso, mas não só pelos exatos números, a raça, a força de vontade do sérvio são gritantes, outro ponto que merece destaque é o seu espírito de equipe, por mais que em vários momentos Pet tenha sido o principal jogador do time, ele parece querer esconder isso e deixar os holofotes para outros jogadores. Isso porque nem falei da técnica do sérvio, “o rei do gol olímpico, o goleiro nem se mexe”, o exímio cobrador de faltas, o jogador cerebral, legítimo camisa 10 (ou 43, que seja).

Dito isto sobre o Pet, falo um pouco também desse começo de Brasileirão. A estreia contra o Avaí foi um dos melhores jogos do Flamengo no ano, belos gols, boas jogadas e tudo mais. No segundo jogo contra o Bahia a grande atuação de Egídio, com direito a gol, foi uma boa surpresa, mas também rolou uma surpresa nada boa, depois de várias mudanças de placar durante o jogo, o 3 x 2 no placar, com um a mais em campo parecia ser o resultado do jogo, mas um gol de Jobson nos últimos minutos do jogo deu ao Flamengo seu primeiro empate no campeonato, com gosto de derrota. Ontem, como já disse mais um empate, dessa vez em casa.

Nono colocado. São 5 pontos em 3 jogos e o melhor ataque da competição com 8 gols. Não é o pior dos começos, porém esses dois empates, principalmente o empate contra o Bahia, já são pontos a serem pensados. Todo mundo sabe que Brasileirão por pontos corridos é aquela coisa complicada, que requer regularidade e frieza na hora de pontuar. Dois empates aparentemente comuns nesse começo podem significar algumas posições a menos na tabela. E como todo mundo também sabe que o Flamengo entrou no campeonato pra não ficar com nenhuma posição a menos que ninguém, é bom parar de tropeçar assim o quanto antes.

Esse aviso contudo não quer apenas criticar, é até comum resultados assim no começo do campeonato, o que muita gente esquece é que já estamos em junho e até agora em 2011 o Flamengo só perdeu um jogo. Quer dizer, o time vem a cada dia crescendo e se encorpando mais, reforços pontuais estão chegando e o título carioca já chegou. Só não pode é perder essa pegada, só não pode é voltar a ser o Flamengo de 2010.

No mais, VALEU PET!

Brasil Tricolor

Como de costume, ao fim dos grandes campeonatos de futebol coloco um post aqui falando sobre o campeonato em geral, o campeão, a final ou os jogos decisivos.

No caso do Brasileirão, como no ano passado o Flamengo foi campeão o post foi mais uma comemoração, hoje, sem comemoração nenhuma, devido a péssima 14ª colocação do Flamengo no Brasileirão desse ano, falo sobre o título do Fluminense, para alguns bi e para outros tricampeão brasileiro.

O Campeonato Brasileiro desse ano teve algumas semelhanças com a edição passada.

Muito competitivo, levou a briga pelo título e por uma possível vaga na Libertadores até a última rodada, sem contar é claro a briga contra o rebaixamento, assim como no ano passado.

Dos 4 times que subiram da segunda divisão no ano passado, 3 permaneceram, o único a cair foi o Guarani, que ao lado de Grêmio Prudente, Goiás e Vitória vão disputar a Série B em 2011. O Prudente desde o início foi mesmo o time mais inofensivo da competição, para o Vitória a queda talvez tenha sido uma surpresa muito grande, o rubro-negro baiano havia chegado até a final da Copa do Brasil e feito boas campanhas nos anos anteriores, caiu muito de rendimento no fim do campeonato e sucumbiu, o Goiás oscilou bons e maus momentos, mas os últimos prevaleceram e o time esmeraldino cai para a segunda divisão, podendo realizar algo inédito no ano que vem: disputar, no mesmo ano, a Série B e a Copa Libertadores da América, é isso mesmo, basta confirmar sua vantagem, hoje, as 22h, contra o Independiente pela final da Sul-Americana, o jogo é na Argentina e no Serra Dourada o Goiás venceu por 2 x 0, as chances goianas de título são grandes.

Essa questão da Copa Sul-Americana, a partir desse ano dar ao campeão uma vaga na Libertadores do ano seguinte influiu muito no Brasileirão, caso o Goiás seja mesmo o campeão, apenas os 3 primeiros colocados do Brasileirão (Fluminense, Cruzeiro e Corinthians) irão a Libertadores. Caso o Goiás perca o quarto colocado Grêmio é quem vai.

Grêmio que garantiu essa vaga na última rodada, num confronto direto contra o Botafogo, que também buscava essa vaga, o Grêmio venceu por 3 x 0 e confirmou o ótimo segundo turno, o tricolor gaúcho depois da entrada de Renato Gaúcho no comando técnico subiu muito de produção, fez ótimos jogos e teve o artilheiro da competição, Jonas, com 22 gols.

Além de Grêmio e Botafogo, que depois de muito tempo fez um bom campeonato, mostrando a força do elenco e de Joel Santana, Atlético/PR, São Paulo e Palmeiras também chegaram a disputar verdadeiramente essa vaga, a equipe paranaense teve bons momentos na competição, principalmente quando estava sob o comando de Carpegiani, e até as últimas rodadas ainda tinha chances reais de conquistar a vaga na Libertadores, já a dupla paulista deu adeus a esse sonho um pouco antes, o Palmeiras na verdade depositava suas esperanças na Copa Sul-Americana, mas acabou sendo eliminado nas semi-finais pelo Goiás, o São Paulo, depois de muito tempo, não consegue essa vaga na Libertadores, fez um campeonato apenas comum e vem passando por uma reformulação nas mãos de Carpegiani.

Faltou falar de Santos e Inter, que por terem conquistado Copa do Brasil e Libertadores, respectivamente não se importaram muito com o Brasileirão, mas até que terminaram bem; Vasco, Ceará, Atlético-MG, Atlético-GO e Avaí tiveram participações bem discretas, os três últimos até certo ponto correram sérios riscos de rebaixamento, já Vasco e Ceará em nenhum momento nem correram reais riscos de rebaixamento nem aspiraram por algo maior.

O Flamengo, como já havia dito, terminou em 14º e apesar de ter corrido risco de rebxaimento não esteve dentro da zona de rebaixamento em nenhum momento nesse campeonato, com a entrada de Vanderlei Luxemburgo o time mostrou uma pequena melhora em relação ao time de Silas, mas ainda sim esteve muito mal e uma grande reformulação deve acontecer agora.

Enfim, esse é um panorama rápido do que foi o rebaixamento e a luta pela Libertadores e as posições discretas da tabela, mas o intuito principal do post é mesmo falar do campeão Fluminense.

O tricolor carioca, dois de 26 anos, conseguiu conquistar o maior título nacional. Alguns momentos foram decisivos dentro da competição para esse título e algumas polêmicas envolvendo os três candidatos ao título também apimentaram ainda mais a competição.

Mas antes disso vale dar os créditos ao Fluminense que vinha de um Brasileirão horrível, onde chegou a ter 99% de chances de cair pra segunda divisão, mas onde também se reergueu e com uma arrancada final exepcional  começou a moldar o que seria esse time campeão de 2010.

Com um primeiro semestre fraco no Carioca e na Copa do Brasil, Muricy Ramalho chegou como o nome que resolveria os problemas do Flu.

E ele mal começou a fazer isso veio um convite pra ser técnico da Seleção Brasileira. Não é qualquer um que recusaria isso, mas ele e o Fluminense recusaram, e o treinador então três vezes campeão brasileiro ficou nas Laranjeiras.

Isso acabou interferindo em outro concorrente ao título, o Corinthians. Quem assumiu a Seleção foi Mano Menezes deixando o Corinthians em ótima posição no Brasileirão, com uma campanha quase perfeita, nas mãos de Adilson Batista.

O ex-técnico do Cruzeiro não conseguiu encaixar seu estilo de jogo no Parque São Jorge, o que fez o Corinthians perder jogos importantes e cair um pouco dentro da competição.

Enquanto isso o Fluminense de Muricy ia ganhando pontos importantes e outro time começava a surgir como potencial candidato ao título, o Cruzeiro de Cuca.

A equipe mineira, comandada pelo argentino Montillo, um dos melhores jogadores desse campeonato, fez um final de primeiro turno e começo de segundo avassalador, jogando um futebol envolvente e chegando até a liderança em determinado momento da competição.

Mas se o Cruzeiro tinha Montillo, o Fluminense tinha Conca. O argentino do Flu jogos todos os jogos do campeonato e em muitos deles decidiu as coisas a favor do tricolor carioca, dentro das semelhanças do campeonato do ano passado com esse, além do campeão carioca, o campeão também contou com um estrangeiro que articulou muito bem o meio de campo e fez o time jogar.

Mas o Fluminense ao longo do campeonato foi tendo uma série de lesões e jogadores importantes como Fred, Emerson, Deco e Diguinho ficaram fora de vários jogos do Flu.

A campanha não foi só alegria, tiveram alguns tropeços e tropeços grandes inclusive, afinal, o Flu perdeu seus confrontos diretos contra Cruzeiro e Corinthians no segundo turno, para o time mineiro por 1 x 0 em Minas e para o Corinthians pro 2 x 1 no Rio, jogo que marcou o último gol de Washington na competição, o atacante que jogou boa parte da competição devido as lesões de Fred, caiu num inferno astral enorme no segundo turno e perdeu gols incríveis.

E nos tropeços do Fluminense, o Corinthians, agora com Tite no comando, aproveitava e chegou à 35ª rodada na liderança da competição, num jogo muito, mas muito polêmico.

Corinthians 1 x 0 Cruzeiro, no Pacaembu. O gol do jogo saiu de um pênalti duvidoso em cima de Ronaldo. O Cruzeiro reclamou muito do juiz nesse, que por acaso seria eleito o melhor árbitro do campeonato, Sandro Meira Ricci.

Depois desse jogo o Cruzeiro praticamente deu adeus ao título, embora tivesse lutado até o fim e conseguido a segunda colocação na última rodada, o moral celeste foi muito abalado e Corinthians e Fluminense pareciam ser os verdadeiros candidatos ao título.

Aí veio mais polêmica, nas rodadas 36 e 37, o Fluminense enfrentou São Paulo e Palmeiras, respectivamente, venceu ambos os jogos por 4 x 1 e 2 x 1, e surgiram as insinuações de que as equipes paulistas teriam entregado os jogos para não ver o Corinthians campeão.

Essa é outra semelhança com o campeonato do ano passado, quando o campeão Flamengo venceu Corinthians e Grêmio nas rodadas 37 e 38, por 2 x 0 e 2 x 1, e os rivais sugeriram que as duas equipes também entregaram os jogos para não verem São Paulo ou Inter campeões.

Na boa, em ambos os casos é óbvio que as torcidas de São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Grêmio não queriam ver seus rivais campeões, mas os times não tinham mais nenhuma ambição dentro do campeonato e não teriam porque jogar tudo e vencer, podem até ter entregado sim, mas queriam que eles jogassem o jogo da vida deles? E também tem aquela, se os times que supostamente entregaram não tivessem em uma situação sem nenhuma ambição maior dentro do campeonato, seriam adversários fortíssimos para os campeões, a questão aí é de tabela, de pontos corridos.

Acredito que isso é um grande problema do sistema de pontos corridos e aconteceu dois anos seguidos, isso traz a tona outra discussão que é sobre a volta do sistema de mata-mata, aí já é outro assunto que talvez mereça até um post próprio, mas desde já me posiciono a favor dessa volta.

Depois disso tudo chegamos a última rodada com o Fluminense na liderança precisando apenas vencer o já rebaixado Guarani dentro de um Engenhão lotado de tricolores. Outra polêmica pra rechear mais um pouquinho o campeonato: a tal falada Mala Branca. O Corinthians teria pago o Guarani para endurecer o jogo, acho que nem preciso comentar sobre isso, se é válido ou não, não importa, o que penso é que se o Fluminense jogar o seu futebol o Guarani, recebendo quantas malas brancas for, não é capaz de vencê-lo, não á atoa que um terminou em primeiro e o outro foi rebaixado, não é querer desmerecer a equipe de Campinas é apenas uma constatação óbvia. O Flu venceu, com gol de Emerson e o Corinthians apenas empatou com o também já rebaixado Goiás no Serra Dourada, o Cruzeiro venceu de virada o Palmeiras e terminou na segunda colocação.

Pra fechar o campeonato e as polêmicas, o presidente corintiano Andres Sanches relembrou que o Fluminense, campeão da terceira divisão em 1999 subiu direto para  primeira em 2000, simplesmente pulando a segunda divisão, isso é outro fato, que realmente aconteceu e que gera sim uma certa revolta.

Mas apesar disso o Fluminense de 2010 era outro, que contava com um bom elenco que soube segurar a barra de tantas lesões e que tinha, principalmente no craque Conca, a grande referência que foi o grande nome do campeonato.

Em 2011 tem mais.

O Un Quimera volta ainda esse ano falando de futebol com post falando sobre a final do Mundial de Clubes da Fifa.

O "acontecimento" de maio/2010

Assim como no mês passado o post dos “acontecimentos” que tradicionalmente conta com dois acontecimentos, ficará com apenas um, um acontecimento que poderia ter sido abordado bem antes e que talvez agora já tenha perdido sua importância devido a efemeridade das coisas, mas acredito que valha a pena classificá-lo como um “acontecimento”:

O Duelo de Gigantes

Sim, falo do confronto que rolou pelas Oitavas de Final da Taça Libertadores, entre os dois times de maiores torcidas do país: Flamengo e Corinthians.

Antes de mais nada quero deixar claro que não coloquei isso como acontecimento por causa da classificação do meu Flamengo, até porque se fosse pra eu querer tirar onda por causa do Flamengo hoje não poderia estar falando sério, a situação não é das melhores.

Falo porque acredito que nem eu nem ninguém tem noção do que foram esses dois confrontos, dois times de tanta expressão, brigando por algo tão valioso, esses dois jogos ficarão marcados na história do futebol e daqui a muitos anos muitos estarão falando deles, vivenciá-los foi ótimo.

O segundo jogo foi o jogo de futebol mais emocionante que eu já em toda minha vida.

Sim, o nível técnico (principalmente no primeiro jogo, devido a forte chuva que caia no Maracanã) não foi dos melhores, mas isso não tira todo o clima que cercou o jogo.

Foram duas semanas de muita expectativa e emoção para as duas maiores torcidas e para todas as outras torcidas também, falemos francamente: todos os outros confrontos que rolavam nas mesmas semanas pela Libertadores e pela Copa do Brasil foram ofuscados pelo duelo de gigantes.

Enfim, é um acontecimento que talvez só terá seu devido valor quando os avôs da minha geração para seus netos sobre como num encharcado Maracanã um raçudo Flamengo segurou o favorito Corinthians e abriu vantagem de 1 x 0 com um pênalti de Adriano e como num Pacaembu fervilhante um motivado Corinthians abriu 2 x 0 com um gol contra e um
gol do tão criticado Ronaldo e como no início do segundo tempo Vagner Love decidiu a parada para o Flamengo.

É isso, o Un Quimera volta em junho, espero eu que com mais tempo, com certeza vai rolar muita Copa do Mundo aqui no mês que vem.

Copa Libertadores 2010

Assim como no ano passado, quando fiz um preview da Copa Libertadores, faço esse ano novamente.
A maior competição de clubes das Américas começa pra valer nesta terça, dia 9.
Até agora já tivemos confrontos pela chamada Pré-Libertadores, onde o Cruzeiro, único time brasileiro que teve que disputar a Pré-Libertadores conseguiu passar e bem pelo boliviano Real Potosí.
O favoritismo dos times brasileiros na edição deste ano é gritante. Os perigosos Boca Juniors, River Plate e LDU não vão nem disputar a competição e além disso todos os cinco brasileiros são clubes de tradição (com exceção do Corinthians todos já venceram a Libertadores pelo menos uma vez) e que vem com um objetivo claro: o título.
Por essas e outras, ao invés de arriscar os favoritos dessa vez, vou apenas falar um pouco mais de cada um dos cinco times brasileiros, querendo ou não vou falar de algum favorito nessa brincadeira:
Corinthians

A equipe paulista, que completa 100 anos nesta temporada seja talvez, dentre todos os brasileiros, a equipe que mais busca esse título, por vários motivos, mas principalmente por estar em ano centenário e por nunca ter conquistado a Libertadores.
Para que isso aconteça pela primeira vez o Corinthians investiu pesado. Manteve praticamente todo o time que venceu o Paulista e a Copa do Brasil do ano passado e trouxe várias contratações.
De todas as contratações os nomes de Roberto Carlos e Danilo são os mais badalados. O primeiro por estar reeditando a dupla com Ronaldo, que permance no Parque São Jorge. O segundo pelo seu bom futebol e experiência, um legítimo camisa 10, coisa que o Corinthians não tinha desde a saída de Douglas, em meados do ano passado.
Mas o Timão não é só badalação. Mano Menezes é um ótimo treinador, que está no comando do alvinegro há um bom tempo e que tem o time na mão.
O Corinthians é com certeza um dos grandes favoritos ao título. Experiência, aliada a muita técnica e uma torcida que espera por este tíutlo há muito tempo.
A caminhada alvinegra começa no dia 24 contra o Racing de Montevidéu, em São Paulo.
Cruzeiro

A Raposa vem calejada para essa Libertadores.
Depois de ser derrotada nas Oitavas da Libertadores de 2008 para o Boca Juniors e na final da Libertadores de 2009 para o Estudiantes, ambas em pleno Mineirão, a equipe mineira, bem mais experiente e testada vem em busca do tri em 2010.
A campanha, como eu já disse, já começou, foram dois confrontos contra o Real Potosí pela Pré-Libertadores, 1 x 1 na altitude de Sucre e um massacre de 7 x 0 no Mineirão.
Adilson Batista, contestado por parte da torcida em outros tempos, hoje parece ter torcida e time a seu lado. Apesar do Cruzeiro não ter se reforçado muito, a base de 2009 foi mantida e o principal jogador do time, Kléber, que estava praticamente acertado com o Porto, voltou atrás para disputar a Libertadores.
Ano passado muitos subestimaram, o Cruzeiro foi crescendo e chegou a final, esse ano essa história pode se repetir e quem sabe o título pode chegar à Toca da Raposa.
A estreia do Cruzeiro é uma parada difícil, contra o Vélez Sarfield, na Argentina, quarta-feira agora, dia 10.
Flamengo

Flamenguista que sou, estou confiante para essa Libertadores.
Depois de duas eliminações rídiculas, ambas nas Oitavas de Final, em 2007 e 2008, e um ano sem dipsutar a Libertadores, o Flamengo chega à competição como campeão brasileiro e com grandes chances.
Deevido a falta de reforços e ao começo ruim da defesa na temporada 2010, muitos torcem o nariz e não acreditam que o Flamengo possa brigar pelo título, mas, sinceramente, não é porque eu torço não, o Flamengo é sim candidato ao título.
As maiores atenções se concentram no chamado “Império do Amor”, a forte dupla de ataque formada por Adriano e Vagner Love, que vem se entendendo muito bem e promete ainda mais.
Além deles, apesar dos poucos reforços, a base é a mesma do hexacampeonato brasileiro, e ainda tem o fator Maracanã, os últimos jogos do Flamengo no estádio (antes dele ser fechado para as reformas visando a Copa de 2014) serão na Libertadores, apesar de ter sido eliminado lá dentro na última partipação na Libertadores, é bom não subestimar o poder da maior do mundo dentro do maior do mundo (deu pra entender, né?)
A estreia do Flamengo será no Maracanã, no dia 24, contra o vencedor do duelo entre Colón de Santa Fé x Universidad Católica.
Internacional

Vice-campeão brasileiro (do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil), o Inter está de volta a Libertadores e vem querendo o título.
Para isso foi buscar no Uruguai talvez a sua maior contratação para a temporada, o técnico Jorge Fossati.
Campeão da última Copa Sul-Americana pela LDU, o treinador uruguaio chegou, usou do jovem time B do Inter no começo do Gaúchão e depois colocou pra jogar os titulares que não decepcionaram, uma ótima campanha na temporada até agora.
Vieram peças para setores que o Colorado carecia, como o lateral direito Nei e o atacante Kléber Pereira. Além deles, a permanência dos outros principais destaques (Guiñazu, D’Ale, Kléber) faz do Inter um forte candidato.
A estreia colorada é no dia 23, no Beira-Rio contra o vencedor de Emelec x Newell’s Old Boys.
São Paulo

O Tricolor paulista, detentor de três títulos da Libertadores, vem em busca do tetra. O título da Libertadores é quase uma obsessão para a grande maioria dos torcedores são-paulinos e por isso o foco é total nesta competição.
Depois de um começo irregular na temporada 2010, o São Paulo tenta mostrar que o time pode melhorar muito. Chegaram vários reforços, como Marcelinho Paraíba, Cléber Santana, Rodrigo Souto, Alex Silva, dentre outros.
Depois do fim da hegemonia no futebol brasileiro o Tricolor vem se reconstruindo e continua com boa estrutura e um bom plantel, jogadores como Hernanes, Jorge Wagner e Rogério Ceni, que estão na equipe há um bom tempo são os pilares deste sem um destaque individual muito grande, mas com várias peças interessantes.
A estreia do São Paulo é no dia 10, no Morumbi, contra o Monterrey.
Bem, é isso. Agora é esperar a Libertadores começar e ver se o favoritismo brasileiro se confirmará ou não. Durante a competição falarei um pouco mais aqui no Un Quimera, principalmente sobre os jogos do Flamengo.

A Semana em Porto Alegre

Essa semana que abriu o mês de julho, no que se diz respeito a futebol, teve como sua capital a cidade de Porto Alegre.
Na quarta-feira, o segundo jogo da decisão da Copa do Brasil, disputado entre Internacional x Corinthians, no Beira-Rio e no dia seguinte, a decisão pra ver qual brasileiro enfrentaria o Estudiantes de La Plata na final da Copa Libertadores que será disputada nas próximas duas quartas.
Corinthians Tri-Campeão da Copa do Brasil

No primeiro dos dois grandes jogos, o Corinthians se deu bem, superou o trauma do ano passado, quando perdeu a final da Copa do Brasil para o Sport, jogando o segundo jogo fora de casa e com um empate em 2 x 2 se tornou tri-campeão da Copa do Brasil (o jogo de ida no Pacaembu tinha sido 2 x 0 para o Corinthians).


Aqui no Un Quimera, lá em fevereiro, um domingo antes de começar a Copa do Brasil eu dei os meus palpites sobre quem seria o campeão, dentre os times citados por mim, Internacional e Corinthians estavam lá.

O Inter, que talvez tenha percorrido um caminho mais complicado do que o do Corinthians para chegar a final era o grande favorito desde o início da competição, mas depois das quartas contra o Flamengo, muito do misticismo que cobria o Colorado foi quebrado.

Chegou para o primeiro jogo da final muito desfalacado e, não conseguindo fazer gol fora de casa tinha que fazer um resultado muito bom no jogo de volta, em Porto Alegre.

Mesmo com seus principais jogadores em campo, o time de Tite sentiu a pressão de ter que fazer esse bom resultado e entrou nervoso em campo, o Corinthians, que durante toda a competição soube se portar muito bem jogando fora de casa aproveitou esse nervosismo, e com gols de Jorge Henrique e André Santos, abriu 2 x 0 no primeiro tempo, praticamente matando o jogo.

Na volta para o segundo tempo o Inter até conseguiu o empate com dois gols de Alecsandro, o jogo ficou marcado também por muitas briguinhas e expulsões, destaque para o argentino D’Alessandro, camisa 10 do Inter, um excelente jogador de futebol, um dos melhores em atividade no Brasil, mas que perdeu a cabeça nessa final e cometeu atitudes de um verdadeiro “chico”.

O Corinthians mereceu o título e acumula agora 3 títulos em 7 meses (Série B, Paulista e Copa do Brasil), Mano Menezes aos poucos foi montando esse time que hoje é muito maduro, e consistente, tanto defensivamente quanto no ataque, o grande perigo é acontecer um desmanche, afinal, muitos dos titulares do Corinthians estão sendo observados por clubes europeus, e o mercado está aberto.

Cruzeiro na final da Libertadores

Ontem, quase um replay do jogo de quarta.

A situação do Grêmio era muito parecida com a do seu rival estadual, só que o Tricolor gaúcho tinha conseguido marcar um gol no jogo de ida, no Mineirão (que terminou 3 x 1 para o Cruzeiro).

E o time de Paulo Autuori até começou bem, tentando pressionar o Cruzeiro, mas apesar de chegar muito, não chegava com objetividade.

Ao contrário da Raposa que, em duas chegadas, meteu 2 gols.

Aos 34, o Gladiador Kléber fez ótima jogada pela direita e deu o primeiro gol para Wellington Paulista. Dois minutos mais tarde, de novo pela direita, Jonathan cruzou na cabeça do mesmo Wellington Paulista.

2 x 0 e partida praticamente decidida, assim como na quarta.

E pra terminar as coincidências do dia anterior, o Grêmio voltou para o segundo tempo sem desanimar e também conseguiu empatar, com gols de Réver e Souza.

Apesar desses dois resultados adversos é bom não subestimar o futebol gaúcho, que conta com dois bons times, alguns ótimos jogadores e que, desde 2006, vem conseguindo sempre resultados expressivos, até mesmo um Mundial.

Sobre os finalistas da Libertadores: o jogo de estreia será também o último jogo deles.

A exemplo da edição do ano passado, quando os dois finalistas (Fluminense e LDU) sairam do mesmo grupo, esse ano o Estudiantes de Verón e o Cruzeiro de Kléber também chegam a final vindos do mesmo grupo.

Na primeira fase o Cruzeiro venceu no Mineirão por 3 x 0, na estreia de Kléber, com dois gols do mesmo e o Estudiantes venceu em La Plata por 4 x 0. A final será um tira-teima e por ter feito uma melhor campanha na primeira fase, o Cruzeiro decidirá em casa.

Nada melhor do que um duelo Brasil x Argentina numa final de Libertadores, ainda mais numa tão simbólica, essa é a Libertadores de número 50.

O Cruzeiro é sim muito favorito pra essa final, mas o Estudiantes não costuma dar mole, e depois de perder a final da Sul Americana do ano passado para o Inter, esse ano Verón e cia. vem mais calejados para essa outra final contra um time brasileiro.