No dia 1º de janeiro de 2009 eu estava inaugurando esse blog. Se perguntassem pra mim naquele dia qual era o intuito disso eu acho que hoje nem saberia dizer mais qual seria a minha resposta naquela época. De lá pra cá eu vivi muita coisa, aprendi várias outras, mas o fundamental e que eu acho que sempre diria em relação ao blog, seja em janeiro de 2009 seja nesse outubro de 2011 é que esse Un Quimera é um lugar pra pessoas que estão afim de ler e de pensar um pouco mais, a princípio é só um lugar pra eu descarregar minhas ideias e opiniões em forma de poemas, contos, artigos e etc, mas esse ponto de despertar o gosto da leitura e da reflexão nos leitores é também essencial.
Você leitor deve estar se perguntando o porquê de eu estar falando tudo isso, o motivo é o seguinte: o post de hoje é um texto de um grande amigo dos tempos de São Gonçalo, amigo que quase sempre encontro quando vou pra lá e que principalmente nas férias é uma das pessoas com quem eu mais converso e compartilho experiências.
Falo de Marcelo Borges Pinto, o “Marcelo Cabeça” dos QuimeraCasts. Ontem ele me passou um e-mail com esse texto e eu fiquei realmente emocionado ao ver que o meu blog devagarinho, devagarinho vai despertando a leitura e a escrita em outras pessoas, quando essas pessoas são amigos parece ser mais gratificante ainda.
O aspirante à faculdade de Medicina fala sobre a saudade (tema comum em rapazes e garotas como nós que saem das pequeninas e singelas cidades e vão para os grandes centros) e da vida como um todo, citando orgulhosamente tanto a Marta quanto o Mauro. Sem mais conversas vamos ao texto:
A Saudade Não Pode Acabar
Cá estou nesta noite quente de São Paulo e me vem à mente visitar o Blog do meu grande amigo Rogério Arantes. Após a leitura de alguns textos postados, alguns posts me chamaram muito a atenção: Transporte Coletivo e “Quimera Tube #40”.
Depois de refletir sobre estes posts, percebi o quanto se assemelham no aspecto da saudade (um sentimento que tem vindo muito à tona neste momento da minha vida), e com base nisso gostaria de expor alguns pensamentos e reflexões.
Há quase dois anos deixei uma cidade pacata do interior de Minas Gerias – São Gonçalo do Sapucaí – e vim morar em São Paulo em virtude do estudo. E desde esse momento comecei a perceber o quanto a vida pode se tornar difícil a partir do momento em que não se tem esforço para ter aquilo que se quer. Como diz minha querida mãe: “onde tem ferro, tem ferrugem”, e aos poucos a saudade da vida “monótona” que levava aparece mais, junto com a dificuldade de se viver longe dos pais, assumir os seus compromissos, viver momentos de solidão, sem a presença daqueles que desde pequeno aprendi a amar. E isto pode se tornar um medo, uma frustração para homens que não tenham “ninguém” com quem possam se abrir.
A saudade cada vez mais se torna evidente, chegando a um ponto de ser um martírio em certos momentos do dia, podendo fazer mal a mim próprio. Diga-se de passagem, me fez mal em certo momento e pensei em desistir da cidade grande. Mas a saudade se tornou um mal necessário, é só com ela que vou poder conquistar o meu desejo de ser médico. E hoje entendo este sentimento doloroso pelo qual alguns passam. Do que vale este mal se a vida é feita de fases? Passa-se por isso, é inevitável. Preciso deste momento para conseguir aquilo que almejo.
Existem vários por aí que não se encontram com a saudade para conquistar um sonho. Ou por uma vontade, ou por já estarem em um grande centro urbano e perto daqueles que amam ou por já terem nascido do “lado” do tão almejado desejo construído durante a sua infância e adolescência. Mas, principalmente cidadãos do interior, convivem com este mal, pelo fato de irem buscar na cidade grande o que tem em mente. Mas deve-se ter um objetivo bem moldado na cabeça para não se deixar levar pela saudade e acabar voltando para a sua terra natal ou suas proximidades.
Agora, Como deixar a saudade de lado? Como citado anteriormente, apenas homens com objetivos na vida conseguem seguir em frente e deixar de lado. Vale a pena citar uma frase em que meu grande pai diz: “Um homem na vida sem objetivos não é nada”.
Para muitos a saudade sempre estará vinculada com a conquista dos sonhos. E para outros apenas um sentimento no qual se pode rotular como tolice. Mas basta estar distante das pessoas das quais sempre gostou e enxergar o quanto este sentimento está entrelaçado.
Marcelo Borges Pinto
ótimo texto Marcelo cabeça, continue assim!
de seu irmão Mauro!
Isso ai marcelo eh bem por ai kraa !! texto fico da hora demaais !!
muito legal marcelinho!!!
Excelente expressão.. Parabéns pelo texto.
[…] de publicar “A Saudade não pode acabar” em outubro, volto a publicar uma produção de Marcelo Cabeça. A exemplo do que aconteceu […]